Você nunca vai olhar para o bacon da mesma forma novamente.
Fonte:
Christina Heiser / womens health magazine
Nada
melhor para matar a fome do que um delicioso sanduíche com bacon ou salsicha,
certo? Bem, acho melhor você mudar de ideia na próxima vez que você se reunir com
seus amigos ou parentes para um lanche.
Em
um relatório publicado na revista The Lancet Oncology hoje, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) através da Agência Internacional para Pesquisa sobre
Câncer (IARC na singla em inglês), constatou que, para cada porção de 50 gramas
de carne processada que você come diariamente, o seu risco de câncer colorretal
aumenta em 18 por cento. O câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais
comum nos EUA, de acordo com a American Cancer Society. No Brasil, é o segundo mais comum entre mulheres e o terceiro entre
homens.
As
carnes processadas juntam-se à longa lista de mais de 470 agentes causadores de
câncer da OMS; outros itens incluídos nela são bebidas alcoólicas, cigarros e
muitos produtos químicos diferentes.
No
início deste mês, 22 cientistas de todo o mundo reuniram-se para avaliar o
risco de câncer ao se consumir carne processada e carne vermelha. Eles
analisaram mais de 800 estudos que investigaram a associação entre o câncer e o
consumo de carne vermelha ou de carne processada. Eles descobriram que a maior
parte das pesquisas liga a carne processada ao câncer colorretal. Além do
câncer de cólon, os cientistas também encontraram uma ligação entre carne
vermelha e câncer de pâncreas e próstata e carne processada e câncer de
estômago.
A
IARC define carne processada como sendo "a carne que tenha sido
transformada através de salga, secagem, fermentação, fumo, ou outros processos
que realçam o sabor ou melhoram a preservação." O grupo assinala que as carnes
mais processadas contêm carne de porco ou carne de boi, mas também podem
conter outras carnes vermelhas, aves ou derivados de carne, como o sangue.
A
agência define carne vermelha como "carne de músculo de mamíferos, não
transformada, como por exemplo, carne bovina, vitela, porco, cordeiro, carneiro,
cavalo ou de cabra incluindo carne picada ou congelada”.
No
relatório, a IARC explica que o processamento de carne (como cura ou defumação)
pode resultar na criação de substâncias químicas cancerígenas. Fritar, grelhar
ou assar a carne na churrasqueira também produz altos níveis de substâncias
químicas cancerígenas, relatam os peritos.
Com
base em todos os dados analisados, os cientistas dizem que é muito improvável
que acaso ou tendência tenham algo a ver com os resultados que ligam a carne
processada ao câncer do cólon. No entanto, eles não poderiam dizer o mesmo para
carne vermelha, notando, com base em dados analisados que eles não poderiam
descartar o risco do estilo de vida e outros fatores na dieta de uma pessoa.
Então,
o que você pode fazer para se proteger? Concentrar sua alimentação em legumes e
peixe pode ajudar a prevenir o câncer de cólon. Em um estudo publicado em março
de 2015, os pesquisadores descobriram que os vegetarianos que comem peixes (sim,
eles existem) têm uma incidência 43 por cento menor de câncer colorretal do que
comedores de carne.
Tanto
longe quanto podem chegar com as novas descobertas, eles "apoiam ainda
mais as atuais recomendações de saúde pública para limitar o consumo de
carne", diz Christopher Wild, diretor da IARC, em um comunicado. "Ao
mesmo tempo, a carne vermelha tem valor nutricional. Portanto, estes resultados
são importantes para permitir que os governos e as agências reguladoras
internacionais realizem avaliações de risco, a fim de equilibrar os riscos e os
benefícios de comer carne vermelha e carne processada e para fornecer as
melhores recomendações dietéticas possíveis".
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