Por: Alan Mozes, HealthDay (USA Today)
Beber, mesmo quantidades moderadas de álcool, pode aumentar o risco para a recorrência do câncer de mama em algumas mulheres, indica uma nova pesquisa.
A associação parece limitar-se a pacientes com câncer de mama pós-menopausa ou que estão com sobrepeso ou obesos, os investigadores observaram.
No entanto, beber moderadamente (cerca de 3-4 drinques por semana) não está ligado a um risco maior de morte por qualquer causa e pode, de fato, diminuir o risco de morrer devido a um problema de saúde da mama não relacionado ao câncer, sugere o estudo. As observações foram relatadas na edição on-line de 30 de agosto do Journal of Clinical Oncology por uma equipe liderada por Marilyn L. Kwan, pesquisadora da Kaiser Permanente, em Oakland.
Os resultados são "consistentes com o que já sabemos sobre o papel do álcool em aumentar o risco de desenvolver câncer de mama primário", disse Kwan.
"Mas quero salientar que as mulheres que consomem menos de 3-4 doses por semana, não apresentam qualquer aumento do risco em termos de recorrência ou morte por câncer de mama," concluiu Kwan. "E, de fato, nós vimos uma sugestão de que as mulheres que consomem pequenas quantidades de álcool obtêm alguma proteção contra o risco de morte por doença cardiovascular." Mas esse dado não foi estatisticamente significativo, observou ela.
Dra. Paula Klein uma médica oncologista e especialista em câncer de mama no Beth Israel Comprehensive Cancer Center, em New York City, que não estava envolvida na pesquisa, descreveu as observações como úteis, na medida em que são tomadas em um contexto.
Os investigadores observaram apenas o consumo moderado, não o consumo pesado de álcool, e sua conclusão está limitada às mulheres que estão na pós-menopausa e àquelas que estão com sobrepeso ou obesas, ressaltou. "Mas isso é uma coisa boa, porque uma informação como esta - em que os riscos e os benefícios são limitados a grupos diferentes - é parte de um novo impulso para personalizar a medicina", disse ela.
O estudo é importante porque aumenta a consciência de uma mulher sobre os fatores de risco para desenvolvimento e recorrência de câncer de mama, disse ela. "E é mais um lembrete dos riscos associados ao sobrepeso e obesidade, e como pequenos fatores adicionais podem influenciar os resultados", acrescentou.
Quando o paciente perguntar o que eles podem fazer para diminuir seu risco, isto é uma mudança modificável, ao lado de emagrecimento e exercícios, ela disse.
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